Leitura 11 - O Grúfalo - Julia Donaldson e Axel Scheffler

O Grúfalo, lançado no Reino Unido em 1999 (The GruffaloMacmillam) está completando 20 anos. Foi logo publicado no Brasil pela Brinque-Book (2000). A qualidade do papel, impressão e encadernação da edição brasileira é ótima e resistente ao manuseio das crianças. O texto rimado e de frases curtas de Julia Donaldson (traduzido por Gilda de Aquino) é reproduzido em letra bastão (sem serifa) para facilitar a leitura das crianças em fase de alfabetização. O enredo desta fábula moderna apresenta um ratinho esperto que, para escapar de seus predadores na floresta, inventa um monstro: o Grúfalo.
As ilustrações de Axel Scheffler são magníficas e capturam perfeitamente o fluxo repetitivo e acumulativo da narrativa, ora em grandes quadros de uma ou duas páginas, ora em pequenas imagens distribuídas na página, para destacar partes da descrição do Grúfalo e do cenário. 
Após convencer a raposa, de que ele está indo se encontrar com o Grúfalo e que ela é sua comida predileta, o ratinho usa o mesmo estratagema com a coruja e com a cobra, livrando-se delas também. O ratinho as julga bobas, pois sabe que o Grúfalo é sua invenção. O problema é que o ratinho encontra de fato o Grúfalo, e este quer devorá-lo. 
E você pensa que esse ratinho esperto se deu mal? Leia o livro para saber o restante dessa história divertida, que valoriza a esperteza dos mais fracos como alternativa para enfrentar os mais fortes. Agora, se você não se importa com spoiler, continue a ler este post. Ou do contrário, pare aqui! 
A leitura de Alan Mandel (em inglês) em vídeo do YouTube alia ótima entonação (com diversificação de vozes das personagens) com valorização do livro nas tomadas de câmera:

The Gruffalo - Read by Alan Mandel

O sucesso deste livro foi imediato e crescente. Conforme o blog da editora Brinque-Booké best-seller em cerca de 40 países, onde já vendeu mais de 10 milhões de exemplares. De fato, seu êxito foi tão grande que logo virou marca, não apenas com livros satélites, mas também com licenciamentos para brinquedos, jogos e variados produtos para crianças. 
Em 2004, os autores publicaram sua sequência The Gruffalo's Child (Macmillan), Grúfalo criança que é referida pelo pronome pessoal she, como é de praxe na língua inglesa, livro onde o filho (ou filha?) do Grúfalo sai em busca do terrível rato mau. Na edição brasileira, optou-se pelo gênero masculino, lançado em 2006 como O Filho do Grúfalo (Brinque-Book).
A leitura de Alan Mandel (em inglês) é bem humorada e, ao contrário de vários canais do YouTube que focalizam mais a pessoa que conta a história, ele privilegia o livro, valorizando-o:

The Gruffalo's Child - Read by Alan Mandel

Em 2009, o Grúfalo foi lançado como filme curta-metragem de animação, sob a direção de Max Lang e Jakob Schuh, com vozes famosas como Helena Bonham Carter e Tom Wilkinson, concorrendo ao Oscar e ao BAFTA de melhor animação em 2011.
O mesmo se deu com a sequência, The Gruffalo's Child foi lançado como filme curta-metragem de animação em 2011, sob a direção de Uwe Heidschotter e Johannes Weiland.
Ambos os filmes de animação estão disponíveis em DVD e no Prime Video, a plataforma de filmes da Amazon, concorrente da Netflix
Para comemorar os 20 anos da obra, foi lançado o site do Grúfalo (em inglês), onde há curiosidades sobre os livros e os personagens, além de muitas atividades para crianças.

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