Publicado em 1987, este livro divertido se tornou um clássico da literatura infantil no Brasil. Tatiana Belinky escreveu e Eva Furnari ilustrou, numa época profícua da Editora Paulinas (Paulus) no segmento infantil, sob a direção de Edmir Perrotti.
A autora retoma as experiências genéticas do padre Gregório Mendel (na Áustria) para introduzir a curiosa horta que os protagonistas Zimpolho e Zimpão vão cultivar. O texto curto e rimado vem no alto das cinco páginas iniciais (centralizado), sobre a preparação da terra e a semeadura, ritmo que lembra o trabalho.
As ilustrações leves em aquarela são bem humoradas, vêm emolduradas e trazem os protagonistas no centro de cada quadro.
Esse ritmo será quebrado no sexto quadro, quando o destaque se volta para os vegetais enormes, focalizados no centro do quadro, enquanto Zimpolho e Zimpão - surpresos - observam o resultado, do lado de fora do quadro. O texto curto e rimado agora aparece embaixo.
A colheita de Zimpolho e Zimpão resultou em vegetais inusitados, híbridos, pois são misturas de hortaliças e frutas, dando origem à brincadeira que se instala com a linguagem, ao unir partes de 2 palavras para formar uma terceira.
No fim do livro há uma espécie de glossário ilustrado com as misturas de hortaliças e frutas produzidas na horta e seus nomes curiosos. Por fim, há um quadro com imagens de frutas e hortaliças convidando o leitor a fazer suas próprias misturas ou enxertos.
O livro convida o leitor à criação com a linguagem e a novas brincadeiras. Que Horta é obra primorosa que merece uma nova edição bem cuidada, com capa cartonada e impressão impecável. Diversão garantida.
Amo esta história da autora! É divertida e as ilustrações, muito fofas!
ResponderExcluirÉ verdade, e a brincadeira com a linguagem atrai crianças e adultos. Deveria ter uma reedição bem cuidada.
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